Um continente em acelerado processo de crescimento e desenvolvimento econômico. Um gigante com toda a sua diversidade e características muito além dos estereótipos divulgados geralmente pela mídia. É o que o professor Dr.Odair Marques da Silva pretende mostrar com o seu “Atlas Geocultural da África”, que acaba de ser lançado pela Expressão & Arte Editora e Gráfica, depois de um imenso trabalho de pesquisa, incluindo viagens a vários países africanos.
O autor afirma que o objetivo de lançar um “Atlas Geocultural da África”, com um olhar brasileiro, está em “proporcionar um olhar diferenciado e atualizado sobre os países em África, a fim de estimular pesquisas posteriores, principalmente no que tange à curiosidade pedagógica e à releitura do contexto atual em África, que pouco se divulga na mídia e nos livros didáticos brasileiros. África que está em acelerado e pujante processo de crescimento e desenvolvimento econômico”, reitera.
Odair Marques da Silva continua: “O denominador comum ao Atlas Geocultural da África se configura a partir de um conjunto de informações basilares, sistematizadas e organizadas, de cada país do continente africano. Outra proposição está em procurar o afastamento de proposições estigmatizantes (que a mídia tradicionalmente explora, com o foco nas fragilidades socioeconômicas ou nas temáticas ligados a flora e fauna), promovendo outras informações qualificadas, dando visibilidade às suas universidades, parques industriais, aos avanços tecnológicos, ao desenvolvimento urbano e econômico de cada país, que amplie as expectativas de identidade cultural ao povo brasileiro e a acrescente iniciativas relacionadas ao intercâmbio, turismo e negócios”.
A proposta editorial contempla mapas ilustrados, belas fotografias de cada capital e uma excelente qualidade gráfica. Assim se expressou o professor Carlos Eduardo Dias Machado, no prefácio do livro: “O primeiro ato de um povo livre é moldar seu mundo à sua própria imagem e interesses. E é uma declaração sobre sua concepção de si mesmo e o compromisso com a autodeterminação, num processo de descolonização. O princípio da autodeterminação carrega consigo o pressuposto de que temos o direito e a responsabilidade de existir como um povo para além das fronteiras impostas pelo colonizador, e de dar nossa contribuição única para o avanço da história humana. Esse ato começa na mente e passa para a literatura, que começou na África há 4 mil anos atrás com a escrita proto-saariana, é o que nos falta para sermos livres: a libertação mental.”
Odair Marques da Silva é pós-graduado em Análise de Sistemas pela PUC-Campinas e mestre em Gestão da Qualidade pela FEM/UNICAMP, com dissertação sobre Organizações Não-Governamentais/ABONG. Docente na Pós-graduação em Pedagogia Social – UNISAL/Campinas/SP e membro do GEPESAC – Grupo de Pesquisa em Educação Social – UNISAL/Campinas/SP. Participou do projeto TIME, Tecnologias e Mídias Interativas na Escola, coordenado pelo NIED. Doutorou-se na UTAD/Portugal, com área de concentração em Ciências da Cultura e com objeto de investigação no Museu da Língua Portuguesa, na investigação entre sua metodologia pedagógica de difusão cultural e a interatividade em suas instalações, baseadas em novas mídias e tecnologias.
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